Detentas de Pouso Alegre passam a costurar uniformes em projeto social

Foto: Reprodução EPTV

Detentas de Pouso Alegre passam a costurar uniformes 

em projeto social

Detentas de Pouso Alegre (MG) estão costurando o próprio uniforme e das mais de 3 mil mulheres presas em Minas Gerais. Elas passaram afazer parte de um projeto social desenvolvido pela Secretaria de Defesa Social nos presídios do estado.

O projeto começou no presídio de Caxambu  (MG), onde devem ser fabricadas quase 3 mil peças por mês. Em Pouso Alegre, foi implantado há uma semana, e a ala por enquanto tem cinco detentas.

"A superlotação da unidade, hoje causa uma ociosidade muito grande dentro das celas, e a gente percebe que trabalhando, três dias trabalhados [equivalem] a um dia remido, isso tem sido de grande satisfação para elas", conta Sérgio Morais, diretor geral do presídio.

"A expectativa é que nós atinjamos 20 pessoas, 20 meninas trabalhando. Nós não temos ainda uma expectativa de número de produção, haja vista que não está totalmente implantado, mas a partir do momento que conseguirmos colocar tudo em funcionamento, aí sim acredito que a gente vá conseguir produzir umas 2 mil peças mensais", afirma Firederich Pfaffencach, diretor de atendimento do presídio.

Agora as detentas terão roupas diferenciadas das masculinas.  "Para a mulher, eu acho que isso é um tudo, uma valorização", ressalta Maura Silva Oliveira, coordenadora de costura do projeto.

Foto: Reprodução EPTV

A detenta Janaína Rodrigues Claudino, que só tinha trabalhado em linha de produção de fábrica, está apaixonada pela costura. "Você vê que você mesma montou uma camiseta, uma coisa que eu nunca tinha visto na vida, só comprava. Agora eu sei fazer. Saber que eu posso fazer só pra mim, posso fazer para os meus filhos, para a minha família. É muito gratificante aprender", conta.

"Agora a gente está aprendendo uma profissão. As meninas não tinham muita experiência, então elas estão em uma profissão para quando a gente sair daqui, mudar de vida", diz a detenta Thays Mingarelli.

Fonte: G1 Sul de Minas