Alunos de escolas municipais de Pouso Alegre participam
de passeata contra a exploração sexual
No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual e Crianças e Adolescentes, 18/05, dezenas de alunos de 11 escolas municipais de Pouso Alegre participaram de uma passeata como forma de conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade do tema. O evento foi realizado pelaSecretaria Municipal de Desenvolvimento Social, por meio Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), e a Secretaria Municipal de Educação.
Os estudantes carregavam faixas e cartazes com frases e desenhos para informar como as vítimas podem denunciar e não se calar diante de algum caso de exploração de menores. A assistente social e coordenadora do CREAS, Núbia dos Santos Paulina, lembra que o abuso é um problema mais comum do que se imagina. “É um tema muito importante a ser trabalhado porque acontecem muitos casos na sociedade e, as vezes, não é denunciado. E é necessário fazer a denúncia porque o ato traz várias consequências na vida da criança ou adolescente”.
A coordenadora da Escola Municipal Vasconcelos Costa, no bairro Faisqueira, Rosângela Ribeiro Lima, destaca que professores e pais devem sempre estar atentos a qualquer mudança de comportamento das crianças. “Um assunto muito delicado, mas deve ser abordado. O mais importante é o diálogo. Ao perceber que a criança está mais quieta, retraída, os pais ou educadores devem procurar conversar para ver se está acontecendo algo diferente”.
O abuso sexual se caracteriza quando um adulto se utiliza de uma criança ou adolescente para se satisfazer sexualmente. Vale ressaltar que tal violência não ocorre somente através do contato físico, mas também quando a vítima é exposta a qualquer ato libidinoso que vai além do seu desenvolvimento natural. Quanto à exploração sexual, é caracterizada pela relação sexual de crianças ou adolescentes com adultos, mediante algum pagamento, troca ou favor, quando a criança e/ou adolescente é tratada como mercadoria ou objeto sexual.
Durante todo o mês de maio, o CREAS está organizando ações de conscientização e sensibilização dos atores da rede de atendimento a respeito desta violação de direitos, com orientações sobre como agir nessas situações e sobre a importância do trabalho de cada um para o fortalecimento da proteção e garantia dos direitos infantojuvenil.
As atividades contam com o apoio das escolas municipais, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Colégio Tiradentes da PM/MG, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Secretaria de Agricultura e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA).
Uma data para não ser esquecida
Em 1973 um crime bárbaro chocou o Brasil. Seu desfecho escandaloso seria um símbolo de toda a violência que se comete contra as crianças.
Com apenas oito anos de idade, Araceli Cabrera Sanches foi sequestrada em 18 de maio de 1973. Ela foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família do Espírito Santo. Apesar da cobertura da imprensa, o caso ficou impune. Araceli só foi sepultada três anos depois. Sua morte ainda causa indignação e revolta.
A ideia de criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil surgiu em 18 de maio de 1988. Naquele ano, foi realizado na Bahia um evento organizado pelo Centro de Defesa de Crianças e Adolescentes (CEDECA/BA), representante oficial do Ecpat, organização internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças, pornografia e tráfico para fins sexuais, surgida na Tailândia. O encontro reuniu entidades de todo o país.
Reportagem: William Antonele
Jornalista: MTB-19757/MG
Fonte e Texto: Assessoria de Comunicação Pref. Pouso Alegre
Os Alunos das Escolas Municipais levam faixa na passeata |
Menina leva um cartaz onde tem um rosto triste que representa o sofrimento que as crianças sofrem |
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Alunos faz grande passeata pela Av. Doutor Lisboa no dia 18 de Maio |
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Da Redação de Jornalismo :Jornalista William Antonele.
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