"BARRANCO" CAUSA MEDO PARA MORADORES DO BAIRRO SÃO JOÃO
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Reportagem: William Antonele
Jornalista-MTB-19757/MG
Da: Redação Pouso Alegre em Ação
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Segundo as informações é que a rua curruira ,foi interditada devido algumas rachaduras que apareceram em algumas casas na beira do barranco.(Foto: William Antonele) |
Um esgoto esta vazando no meio do morro, onde a terra do barranco esta bem úmida. (Foto: William Antonele) |
ENTENDA O CASO:
Reportagem: 31/05/16
Fonte: G1 Sul de Minas
Pelo menos 12 casas estão sob risco de desabamento no bairro São João, em Pouso Alegre (MG). Os imóveis ficam próximos a um barranco que está cedendo. A prefeitura foi acionada pelo Ministério Público Estadual e os moradores cobram uma solução para o problema.
"A gente não dorme de noite. A gente tá nesse sacrifício medonho. Quando começa a chover, a gente fica acordado para poder ver o que vai acontecer com a gente", conta o aposentado Dejanir Fernandes Moreira, que está na área há mais de 20 anos.
Segundo a empregada doméstica Marcilene de Paula, a área onde as casas estão foi doada às famílias pela prefeitura na década de 1990 e o barranco de 30 metros de altura teria surgido depois que o próprio órgão retirou terra do local para criar outros empreendimentos.
Os Moradores pedem que a Defesa Civil e a Prefeitura mais uma vez fiscalize com urgência essa área, que está um perigo.(Foto: William Antonele) |
Com os anos, o terreno começou a ceder e a comprometer a estrutura dos imóveis. Em 2011, a defesa declarou a região como área de risco e um dos moradores teve que deixar sua casa.
"Esse barranco não existia. Foi feito por causa de doação para um clube de campo que ia fazer quadras poliesportivas aqui. Fizeram até as piscinas, mas não foi pra frente", relata Marcilene.
Tentativa de acordo
Ainda de acordo com a moradora, em uma audiência de conciliação conduzida pelo Ministério Público Estadual em março deste ano, a Prefeitura de Pouso Alegre apresentou um projeto para construção de novas casas para as famílias em situação de risco, com possibilidade de se fazer obras de contenção no barranco.
Ainda de acordo com a moradora, em uma audiência de conciliação conduzida pelo Ministério Público Estadual em março deste ano, a Prefeitura de Pouso Alegre apresentou um projeto para construção de novas casas para as famílias em situação de risco, com possibilidade de se fazer obras de contenção no barranco.
"A proposta é vergonhosa porque eles queriam tirar a gente de cima do barranco para colocar abaixo do barranco e com a qualidade das casas muito inferiores às que estão ali", argumenta Marcilene. "Então a gente pensou: ou você cai ou você é soterrado."
Em janeiro, moradores denunciaram o agravamento da situação com o aparecimento de rachaduras em sete casas e o início da construção de uma creche na parte de baixo do barranco.
Uma Creche esta para ser inaugurada naquela área que é considerada uma área de risco. (Foto: William Antonele) |
"Essa creche que está quase em funcionamento está exatamente embaixo do barranco que está sob risco de desabamento", afirma o advogado que representa as famílias, Marcello Rosa. "A gente tem uma ordem judicial, a gente tem o empenho do Ministério Público para que a prefeitura cumpra a determinação de evitar uma tragédia por ela mesma anunciada há mais de oito anos. Todavia, até agora, não se logrou êxito da prefeitura cumprir a obrigação com as pessoas e com a ordem judicial emanada", diz.
Lembrando aos órgãos competentes que ali tem e crianças tem vidas. (Foto:William Antonele) |
Prefeitura diz que aguarda resposta
Por meio de nota, a Prefeitura de Pouso Alegre informou que apresentou uma proposta de construção de novas casas na região, mas não obteve manifestação dos moradores.
Por meio de nota, a Prefeitura de Pouso Alegre informou que apresentou uma proposta de construção de novas casas na região, mas não obteve manifestação dos moradores.
A administração também declarou que tem realizado trabalhos técnicos de engenharia para fazer obras de contenção no local. A prefeitura ainda disse que recorreu da decisão judicial citada pelo advogado Marcello Rosa e aguarda parecer da Justiça.
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Da Redação de Jornalismo :Jornalista William Antonele.
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