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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Pouso Alegre em Ação : Preso Eike Batista já teve uma montadora de jipes em Pouso Alegre (MG).



Preso pela Polícia Federal nessa segunda-feria, 30, suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa, o empresário Eike Batista já teve uma montadora de jipes em Pouso Alegre (MG). A JPX funcionou entre os anos de 1994 e 2001, próximo ao trevo da Fernão Dias. A empresa fechou as portas sem explicações, deixando muita gente no prejuízo.


Dos 15 anos como dono de um jipe JPX, o advogado Adriano Moura estima tê-lo deixado parado por 7. Não conseguia peças para o conserto depois que Eike Batista encerrou seu projeto da montadora, de mesmo nome, no início dos anos 2000.
Muito antes da derrocada das empresas X, Moura e outros proprietários já conheciam bem uma empreitada malsucedida de Eike.
Ex-concessionários alegam o maior prejuízo. Acreditaram na aposta de Eike, investiram em lojas e um dia acordaram com a fábrica fechada, sem explicações.
Estima-se que ao menos mil veículos da marca ainda circulem pelas ruas e, principalmente, pelas terras do País. É quase um terço do que a montadora de Pouso Alegre (MG) produziu durante a sua operação, de 1994 a 2001.
Os primeiros afetados pelo empresário criaram uma rede de contatos no início dos anos 2000: um clube de jipeiros que, além de promover passeios, também ajuda a buscar peças para quem precisa consertar seu veículo. No Clube do JPX, os “órfãos do Eike”, como costumam se chamar, compartilham técnicas de adaptação de peças de outros fabricantes.

O mecânico João Antônio, ex-funcionário da fábrica do JPX, viaja pelo país para fazer a manutenção dos jipes. São os donos do veículo que pagam o transporte e a hospedagem, além do serviço.
Da última vez, um cliente pagou mais de R$ 1.500 para que ele levasse um cabeçote de Pouso Alegre ao interior do Paraná, onde ficou mais de dois dias para fazer o reparo.
Fanatismo
Apesar do sacrifício e do custo, os jipeiros não se cansam de repetir: “Quem tem um jota não troca”. Vários deles têm mais de um.
Por trás das aquisições, há uma boa dose de fanatismo. Afinal, amantes de raridades automotivas são comuns a outras marcas extintas.
O caso dos jipes de Eike, contudo, é singular pela qualidade da suspensão, citada por todos os proprietários.
“É a limusine dos jipes. Tem uma suspensão muito boa, nem parece jipe”, diz o engenheiro Carlos Delgado, que, há cerca de um ano, pagou R$ 20 mil por um JPX com 110 mil km rodados.
Não fossem os problemas de potência e superaquecimento, a marca X, profetiza o grupo, existiria até hoje.
A boa suspensão não foi suficiente, porém, para evitar que alguns “órfãos” entrassem na Justiça contra Eike. São proprietários e concessionários que buscam indenização pelos problemas que tiveram com o fechamento repentino da fábrica.
Redação : Pouso Alegre em Ação
Fonte: O Estado
Da: Redação do Pouso Alegre em Ação-Jornalista-William Antonele-MTB-19757/MG-©2017
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Da Redação de Jornalismo :Jornalista William Antonele.
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