Ícone da liberdade sexual, ela teve uma carreira entre a televisão, o cinema e o teatro brasileiro
A atriz, transformista e artista brasileira Rogéria morreu na noite desta segunda-feira (04), no Rio de Janeiro, aos 74 anos. Ela havia sido internada às pressas em uma unidade de saúde na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ainda são desconhecidas a causa da morte.
Em julho, ela havia sido internada em uma clínica nas Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após apresentar fortes dores nas costas. O diagnóstico apontou infecção generalizada. Em agosto, ela enfrentou novo internamento por infecção urinária. O tratamento incluiu novamente internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por duas semanas. Em seguida, ela recebeu alta e deixou o hospital.
À época, em entrevista ao site Uol, o empresário dela chegou a comemorar a recuperação. "Estou muito surpreso, é só vitória. Sabia que ela era respeitada e querida, mas não tinha noção de que o Brasil inteiro orava por ela", afirmou Alexandro Haddad.
Rogéria nasceu em 1943, no Cantagalo, no Rio de Janeiro, e foi batizada com o nome Astolfo Barroso Pinto. Consciente da homossexualidade desde cedo, virou transformista - artista capaz de explorar a sexualidade em diversos personagens - na adolescência e, depois, enveredou pela carreira de maquiadora. Na época do auge do rádio no Brasil, marcou passagem pelo auditório da Rádio Nacional, sobretudo nos programas de Emilinha Borba, de quem se dizia fã.
De voz grave, sem papas na língua e reconhecida pela expressividade, Rogéria se dizia satisfeita com o órgão sexual masculino e se mostrava avessa a fazer uma operação para troca de gênero. Bem-humorada, se dizia "o travesti da família brasileira", uma forma de ironizar o preconceito e o moralismo característicos da formação cultural do país.
A carreira na televisão começou como repórter do Viva a noite, programa de auditório, em 1986. Depois, vieram participações na novela Tieta, em Sai de baixo, Brava gente, Desejo de mulher, entre outras produções audiovisuais. No cinema,
De voz grave, sem papas na língua e reconhecida pela expressividade, Rogéria se dizia satisfeita com o órgão sexual masculino e se mostrava avessa a fazer uma operação para troca de gênero. Bem-humorada, se dizia "o travesti da família brasileira", uma forma de ironizar o preconceito e o moralismo característicos da formação cultural do país.
A carreira na televisão começou como repórter do Viva a noite, programa de auditório, em 1986. Depois, vieram participações na novela Tieta, em Sai de baixo, Brava gente, Desejo de mulher, entre outras produções audiovisuais. No cinema,
Antes Depois |
No Brasil, Rogéria foi pioneira em adotar um novo gênero sexual. Ela começou a carreira como maquiadora da TV Rio, mas não se identificava como homem e também tinha o desejo de atuar como atriz. Logo, adotou a nova identidade e se transformou em um ícone de coragem, pois passou por um período onde a aceitação para esse tipo de decisão ainda era alvo de muito preconceito. Embora tenha vivido como mulher a maior parte da vida, Rogéria nunca sentiu necessidade de realizar operação para mudança de sexo.
Fonte: diariodepernambuco.com
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Da Redação de Jornalismo :Jornalista William Antonele.
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