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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Menino de 12 anos que vendia pastéis é morto em Minas Gerais por causa de R$ 1 - Pouso Alegre em Ação


 

Por Jornalista:William Antonele/Pouso Alegre em Ação 

08/01/2021- 09hs00-Pouso Alegre e Região-MG

Um menino de 12 anos que vendia pastéis e outros salgados de casa em casa na cidade de Rubim, no Vale do Jequitinhonha, foi assassinado a facadas por uma mulher de 39 anos, que tem problemas mentais. O motivo teria sido uma cobrança no valor de R$ 1, que a suspeita ficou devendo para o garoto. O crime ocorreu nessa quarta-feira (6). 

De acordo com a Polícia Militar, Kaike Júnior Moreira da Silva vendeu pastéis para os filhos da suspeita e, na hora de conferir o valor pago, viu que faltava R$ 1. Ele, então, cobrou o dinheiro. Houve uma discussão entre a vítima e as crianças, mas como não conseguiu o dinheiro, o menino deu as costas e foi embora. Nesse momento, a mãe das crianças foi atrás do adolescente e deu uma facada nas costas dele. 

Já ferido, o menino saiu pela rua pedindo ajuda e caiu na calçada. Ele foi levado por policiais e um morador da cidade para o Hospital São Vicente de Paulo, em Rubim. No local, ele recebeu os primeiros socorros e seria transferido para o Hospital Deraldo Guimarães, em Almenara, na mesma região, mas ele não resistiu e morreu ainda em Rubim. 

Após o crime, a suspeita se trancou dentro de um quarto da casa e deixou cinco facas do lado de fora, em uma janela. Uma das facas estava suja de sangue. Ela não queria sair da residência e os policiais precisaram ficar por horas negociando com a suspeita.

O delegado Thiago Medina recebeu a ocorrência e conta que, durante o depoimento da agressora, ela alegou ter problemas mentais, mas não chegou a dizer quais, nem oferecer laudos médicos que comprovem a alegação. Ela disse fazer uso de quatro remédios controlados para dormir e de outros dois pela manhã e que nos últimos dias ela estava sem parte dos medicamentos.

De acordo com o policial, a mulher alegou que o desentendimento com a vítima aconteceu quando o menino conferiu o valor pago por ela e reclamou da falta de R$ 0,05 e que, quando ela respondeu que estava sem o dinheiro, o garoto teria ameaçado seu filho. Momento em que, ainda segundo a agressora, ela ficou "cega de raiva" e "sem saber o que estava fazendo" pegou uma faca em cima de um armário para atacar o garoto. 

A mulher contou que já teve problemas com o vício em álcool e que parou de beber quando começou a fazer tratamento. Ela também relatou que já passou cinco dias presa por ter "furado o marido".  No boletim de ocorrência, não foi registrada nenhuma testemunha presencial do crime, apenas os filhos da agressora, que ainda não foram ouvidos.

A mulher relatou aos policiais que a vítima teria agredido o filho dela por estar faltando R$ 1 de troco. Ela foi presa em flagrante e levada para a Delegacia de Polícia Civil de Almenara, na mesma região.

Kaike era um menino ativo e tocava pandeiro em projeto social 
 
O corpo de Kaique Silva foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Almenara. A funerária Teofilo Otoni, de Almenara, informou que o velório e o enterro do adolescente  deve ser realizado ainda nesta quinta-feira (7). A prefeitura da cidade vai arcar com os custos do sepultamento, já que a família não tem condições financeiras para isso.
 
A assistente social da prefeitura de Rubim, Samara de Carvalho Souto, contou que a família da vítima tem uma condição financeira ruim e sempre foi acompanhada pelos serviços de saúde e de assistência social do município. A Secretaria de Assistência Social, concede benefícios eventuais, dentre eles auxílio funeral "Não é agora que vamos deixar a família desapamrada, ela sempre foi assisitda e continuará sendo". 
 
Segundo ela, a mãe de Kaike não trabalha e tem mais duas filhas que têm menos de 12 anos. "A família recebe cestas básicas da prefeitura e é feito um acompanhamento constante para ajudá-los. O Kaike estava vendendo salgados há pouco tempo. A mãe está muito abalada", conta a assistente social. 
 
Ainda de acordo com Samara, o adolescente era bastante ativo. Ele participava de aulas de músicas oferecidas pelo serviço social do município, tocava pandeiro e fazia outras atividades culturais e sociais em Rubim. A mãe do menino não recebe pensão alimentícia, já que o pai de Kaique já morreu. 
 
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Fonte: O Tempo







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